6 de dez. de 2015

Aprendendo um pouco mais sobre microcefalia



Medição do crânio de um bebê. Exame que serve de constatação para o diagnóstico da microcefalia (foto:internet)





ENTENDA

A microcefalia é uma doença que faz com que a  cabeça e o cérebro das crianças fiquem  menores que o normal para a sua idade, retardando o seu desenvolvimento mental.

Os ossos da cabeça da criança com microcefalia, que ao nascimento estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o cérebro se desenvolva e cresça de maneira natural e normal.

 
Esta é uma doença incurável, grave e a criança que a possui necessitará de cuidados e amparo por toda a sua vida, com dependência para comer, se mover e fazer suas necessidades, dependendo da gravidade da microcefalia que possui e se a criança também tiver outras síndromes além da microcefalia.


CONSEQUÊNCIAS    


As graves consequências  da microcefalia são:

·         Atraso mental;

·         Déficit intelectual;

·         Paralisia;

·         Convulsões;

·         Epilepsia;

·         Autismo;

·         Rigidez dos músicos.



Estas alterações podem ocorrer porque o cérebro precisa de espaço para que possa atingir o seu desenvolvimento máximo, mas como o crânio não permite o crescimento do cérebro, suas funções ficam comprometidas, afetando todo o corpo.

A classificação da microcefalia é dada com primária e secundária.

Primária quando os ossos do crânio se fecham durante a gestação, até os sete meses de gravidez, o que ocasiona mais complicações durante a vida.

Secundária quando os ossos se fecham na fase final da gravidez ou após o nascimento do bebê.

Mesmo não havendo tratamento específico e cura para a microcefalia, pode-se tomar algumas medidas para reduzir os sintomas da doença. Geralmente a criança necessitará de fisioterapia pelo restante de sua vida para desenvolver melhor, prevenindo complicações respiratórias e até mesmo úlceras que podem surgir por ficarem muito tempo acamadas ou numa cadeira de rodas.



CAUSA  


Causas da microcefalia podem incluir doenças genéticas ou infecciosas, exposições a substâncias tóxicas ou desnutrição.

Abaixo, algumas situações que podem provocar microcefalia:

Consumo de cigarro, álcool ou drogas, como cocaína e heroína durante a gravidez;


Envenenamento por mercúrio ou cobre;

Meningite;

Desnutrição;

HIV materno;

Doenças metabólicas na mãe como fenilcetonúria;

Exposição à radiação durante a gestação;

Uso de medicamentos contra a epilepsia, hepatite ou câncer, nos primeiros três meses de gravidez.

Infecções como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose durante a gravidez  também aumentam o risco do bebê ter microcefalia. Além dessas, já foi confirmado pelo Ministério da Saúde que o ZIKA Vírus causa microcefallia.



DIAGNÓSTICO



Comparação de crânios (foto: internet)
Durante a gestação o diagnóstico é feito através do pré-natal e após o parto através da medição do crânio do bebê. Outros exames também ajudam a medir a gravidade da microcefalia e quais serão suas possíveis consequências para o desenvolvimento do bebê: tomografia computadorizada ou ressonância magnética cerebral.  


TEM CURA?


Não. A microcefalia não tem cura, pois o fator que impede o desenvolvimento cerebral, que é a união precoce dos ossos que formam o crânio, não podem ser alterados.

Durante a gestação, a união precoce do crânio pode acontecer e as consequências serão ainda mais graves, pois o cérebro se desenvolve pouco. Também existem casos em que a união desses ossos ocorrem no final da gestação ou após o nascimento do bebê  e aí, neste caso, a consequência será então menos grave.  


TRATAMENTO


Primeiramente é necessário informar que o tratamento da microcefalia não cura, mas ajuda a reduzir nas consequências do desenvolvimento mental da criança.

Uma cirurgia para separar ligeiramente os ossos do crânio é uma alternativa, isso nos dois primeiros meses de vida, para evitar a compressão do cérebro que impede seu crescimento.

Além da microcefalia, existe a hidrocefalia, que é a presença de líquido no cérebro. Quando a criança também a adquire, existe a possibilidade de colocar um dreno para controlar esse líquido.

Existem também os medicamentos que ajudam a criança no seu dia a dia, que atuam diminuindo os espasmos musculares e melhoram a tensão dos músculos. O que pode ajudar em muito é a fisioterapia no desenvolvimento físico e mental. 







Fonte: Ministério da Saúde; Tua saúde. http://www.tuasaude.com/microcefalia / Acesso em: 06 dez. 2015.

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